Cães e Crianças: Como Coexistir?

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É extremamente importante que o seu pet seja “à prova de crianças”. Estas dicas vão ser úteis para si: se estão a planear dar o salto em relação à parentalidade OU se já têm um ou uma traquina a correr pela casa OU se simplesmente querem ter um amigo de 4 patas à vontade ao pé de crianças. Estas 5 técnicas podem certamente ajudar a que tanto cachorro como criança se preparem para um encontro seguro e feliz. O melhor é começar desde muito novos (tanto do lado do pet como das crianças), mas mesmo que o seu cão seja mais velho não se preocupe – pode requerer um bocadinho mais de paciência e prática.

Como preparar o seu cão para a interação com crianças:

#1 Massajar as patas, entre os dedos

Quando o seu cão estiver num estado relaxado, deitado algures pela casa experimente colocar-se ao seu lado, também em repouso, e começar a mexer-lhe nas patas. De forma tranquila, para que se habitue e sempre reforçando positivamente por nos deixar ser “intrusivos” daquela forma sem se chatear. Uma das formas que as crianças muitas vezes têm de interagir é mexer nas patas. Assim, podemos ir habituando o nosso miúdo de 4 patas e tolerar melhor esses avanços diretos a zonas que normalmente são bastante sensíveis.

#2 Tocar, mexer e puxar (muito ligeiramente) cauda e orelhas

Outra coisa que ocorre com frequência na interação de cães com crianças, sobretudo as mais novas, são os “puxões” de cauda e orelhas. Se o cachorro não estiver habituado a este tratamento, sobretudo por lidar maioritariamente com adultos, pode reagir negativamente. Basta uma reação negativa, ainda que não tenha consequências físicas, para termos uma criança com medo crónico de cães. E seria escusado. A habituação, em que lentamente podemos tocar e mexer na cauda do nosso cachorro, evoluindo aos poucos. Com o tempo, poderemos brincar com a cauda e tornar isso divertido, podendo eventualmente e com extremo cuidado puxar gentilmente na cauda no meio da brincadeira. Desta forma, eles tornam-se confortáveis com o desconforto e quando houver uma criança que acidentalmente lhes puxa a cauda, a primeira reação já não será de estranheza. No processo de habituação, usar sempre recompensas saborosas para compensar as sensações de desconforto com uma associação positiva.

#3 O sistema da inclusão

Ter um bebé ou uma criança nova em casa pode causar ciúme ou excitação exacerbada que é pouco usual nos nossos pets e que por vezes resultam em mau comportamento. Convém que a nossa acção não se resuma a gritar “Não” de forma incessante mas convém ser paciente e corrigir pontualmente os comportamentos mais anómalos, dirigindo o comportamento para actividades de escape mais desejadas. Fazer um esforço consciente para incluir os nossos pets nos momentos familiares desde os passeios, horas de brincar, comer ou mudar a fralda.
Por exemplo, durante a muda da fralda, geralmente tentamos distrair o bebé com conversa e brinquedos. Podemos alargar a conversa, para incluir o nosso cão e deixá-lo agir como fonte de distracção do bebé. Ao brincar com o bebé, podemos ter o nosso pet por perto, repartir a atenção e dar-lhe reforços saborosos ou ter uma bola para atirar e entreter ambos assim. Ter tempo em conjunto é a melhor forma de garantir que estamos a incluir o nosso pet nas nossas rotinas e é tão fácil não os deixarmos com a sensação de que este pequeno novo ser lhes roubou a atenção.

#4 Encontros relaxados e divertidos

Por vezes as coisas fluem naturalmente, mas outras é preciso estarmos atentos para garantir que o tempo em conjunto é divertido e relaxado para TODOS. Ter biscoitos e recompensas saborosas por perto e recompensar o nosso cão pelo bom comportamento é essencial. Se a criança em causa tem idade suficiente, podemos pedir-lhe que dê a recompensa, sempre depois de dar a mão a cheirar, fazer as introduções da forma certa e só depois dar o biscoito. Ensinar as crianças a ser meigas com animais é essencial também e uma boa forma de ensinar respeito pelos outros e empatia. Não dar gritos nem fazer gestos ameaçadores são boas práticas e não apenas para interagir com cães.

#5 Supervisionar sempre

Apesar das técnicas descritas acima serem muito úteis na criação de um ambiente seguro e divertido, devemos estar conscientes de que em momento algum devemos deixar as crianças e os animais sem supervisão. Na pior das hipóteses, nunca nenhum deles nos saberá explicar o que aconteceu e porque é que correu mal e não poderemos fazer nada para impedir que aconteça no futuro. E quanto mais tempo decorrer de boas experiências partilhadas, mais “natural” se tornará a interação no futuro. Algo inesperado pode sempre acontecer numa fase inicial e é melhor haver responsáveis por perto.

Autor: MyRedTravelShoe

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