Perda de pêlo em cães e gatos

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A perda de pelo é uma das queixas mais comuns referidas pelas famílias com animais de estimação. O “problema” da perda de pelo é muito comum tanto em cães como gatos. Mas será que a perda de pêlo revela sempre um problema? Apesar do desagrado por termos que aspirar a casa com mais frequência, na realidade a perda de pelo pode ser perfeitamente normal nos nossos animais.

Vamos explorar algumas das causas mais comuns da perda de pêlo e o que podemos fazer para os abordar:

1. Queda de pêlo sazonal

Se o pêlo do seu animal de estimação tem brilho, é denso e não se observam peladas localizadas, é provável que a pele e pêlo do seu animal de estimação esteja saudável. Então porque motivo lhe cai tanto pêlo?

Em determinadas alturas do ano é normal haver um aumento da queda de pêlo, para o pêlo se renovar. O pêlo envelhece e cai, dando lugar a um pêlo novo no seu lugar. Esta mudança de pêlo pode ser mais frequente quando as temperaturas sobem, sobretudo em raças com subpêlo abundante.

Algumas raças de cães com um subpêlo denso (p.ex. Husky siberiano ou Spitz alemão) têm um aumento da queda de pêlo pela altura da primavera e outono. Nestas alturas, é comum vermos um aumento na quantidade de pêlos pela casa. A solução é escovar o nosso animal de estimação com frequência para remover o pêlo solto ou recorrer a um serviço de grooming profissional.

2. Parasitas externos

A queda de pêlo pode estar associada ao facto de animais se coçarem com muita frequência. E nada dá mais comichão aos nossos pets que os parasitas externos. Há um grande número de parasitas externos que podem afetar os nossos animais que podem originar perda de pêlo. As pulgas estão no topo da lista destes parasitas, tanto em cães como em gatos, até mesmo em gatos que não vão à rua. Atenção que enquanto alguns parasitas externos são bem visíveis, como as pulgas e as carraças, outros são mais difíceis de observar, como os piolhos e os ácaros. Se nota que o seu pet se coça mais do que o habitual, pode atualizar a desparasitação externa com a pipeta ou comprimido que habitualmente usa. Idealmente, deve consultar o seu médico veterinário para diagnosticar o parasita que está presente e o tratamento mais adequado.

3. Infeções da pele (dermatites)

A pele é um órgão normalmente habitada por bactérias e fungos que, em situações normais, não provocam qualquer tipo de problema. No entanto, há inúmeras situações que levam a um desequilíbrio desta flora normal da pele. Quando ocorrem desequilíbrios e um ou mais destes microrganismos causam infeções na pele dos nossos animais, estas são chamadas de dermatites. Dependendo do tipo de microrganismo, os sinais visíveis da dermatite podem ser diferentes e também difere o seu tratamento. Além de tratar a dermatite, pode ser necessário averiguar se existe uma causa primária que tenha levado ao desequilíbrio. Os problemas de pele devem ser diagnosticados por um médico veterinário em primeiro lugar. O tratamento pode ser longo e requerer banhos com substâncias tópicas além da medicação adequada. Nunca tente tratar as dermatites do seu pet sem apoio profissional. Não só pode piorar o problema, como ainda dar origem a resistências, tornando o problema mais difícil de resolver.

4. Alergias

Os nossos animais de estimação podem sofrer de alergias, tal como nós. As alergias mais comuns dos cães e gatos incluem: alergia à picada de pulga, alergias alimentares, alergias ambientais (p.ex. ácaros do pó, pólenes ou fungos). Pela sua natureza, as alergias podem causar comichão, pele vermelha e inflamada, lambedura constante, otites crónicas, entre outros sinais. Há testes a que os médicos veterinários recorrem para diagnosticar se os nossos pets sofrem de alergia. Idealmente, o tratamento passa não só por melhorar os sintomas, mas remover ou minimizar a causa da alergia das vidas dos nossos pets. Devemos ter em conta que um animal alérgico exigirá cuidados contínuos ao longo de toda a sua vida. Determinadas raças ou cores de pelagens são mais propensas a ter problemas alérgicos do que outras. Deve informar-se antes de adotar um animal de estimação.

5. Outras causas

Sempre que o organismo do seu animal de estimação estiver numa situação de necessidade acrescida, pode ocorrer queda de pêlo. A gravidez, lactação, stress ou má nutrição pode gerar queda de pêlo ou pêlo baço e quebradiço. Também algumas doenças hormonais, como as alterações das hormonas da tiróide, das glândulas adrenais ou da hormona de crescimento têm um efeito visível na pelagem dos nossos pets. Estas doenças necessitam de análises sanguíneas para determinar os níveis hormonais de forma a serem corretamente diagnosticadas e tratadas. Recorra ao seu médico veterinário se notar perdas de pêlo simétricas e outros sinais de que o seu animal de estimação não está normal (p.ex. aumentar o consumo de água, vómito e diarreia, entre outros). Os gatos, pela sua natureza, podem deixar de se “lavar” quando doentes e isso reflecte-se no estado do pêlo. É um indicador bastante visível de que algo não está bem.

Não descure o estado do pêlo do seu cão ou gato. Animais saudáveis têm pelagens brilhantes, densas e sem peladas. A pele e o pêlo são um ótimo indicador de saúde e deve estar atento a eventuais alterações.

 

Pode sempre usar a App da PETABLE para manter registo do estado do pêlo do seu animal de estimação (com a função ‘Fotos/Notas’). Disponível em iOS e Android.

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