Como passear o meu cão à trela?

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Não há nada como ver o nosso cão a descobrir o mundo – um sem fim de novos amigos, diferentes odores, alguns desafios e muitas aventuras.

Mas os passeios são tudo isso e muito mais – além de essenciais para a higiene e bem-estar de todos os cães, servem para estreitar os laços de amizade, confiança e respeito entre os cães e os seus tutores. Uma partilha constante, com benefícios mais que comprovados para ambos, desde que sejam seguros e felizes!

E se para alguns de nós, estes momentos estão garantidos por aprendizagens e experiências anteriores, para outros, revelam-se um verdadeiro quebra-cabeças.

Se é o seu caso, não se preocupe. Siga as nossas dicas sobre como passear o seu cão à trela, e ganhe tempo de sobra para o mais importante – desfrutar da companhia dele.

1. Aposte na segurança durante o passeio

Antes de se aventurar por caminhos com o seu cão, confirme que os dados do microchip estão atualizados e que tem as vacinas e desparasitações em dia (tanto internas, quanto externas).

Queremos que faça muitos e bons amigos durante os passeios, mas os agentes causadores de doenças, como vírus, bactérias e parasitas, não se incluem nessa categoria. Não só colocam a saúde do seu cão em risco, como a de toda a família.

Por isso, mantenha-o sempre bem protegido!

2. Escolha os acessórios adequados para passear à trela

São tantos os modelos, tamanhos e feitios de coleiras, trelas e peitorais, que é fácil ficar indeciso na hora de escolher. Mas o melhor, numa fase inicial, será sempre optar pelas alternativas mais simples, desde que seguras e adaptadas ao tamanho do seu cão.

Regra geral, os peitorais são os mais indicados. Cobrem uma superfície maior do corpo do animal, permitindo uma melhor distribuição do peso e garantindo mais suporte. Para além disso, como a força não é exercida na zona da traqueia, são mais confortáveis, principalmente para os cães de raça braquicefálica (como os Pugs e os Buldogues Franceses).

Quanto às trelas, por muito atrativas que as extensíveis possam parecer, as trelas curtas ou não retráteis são preferíveis. Pelo menos no começo, e enquanto se habituam ambos a esta atividade, é bom manter o seu cão por perto, num raio de ação mais pequeno e de fácil controlo. Assim, não correrá o risco de ele se “embrulhar” onde ou com quem não deve!

3. Habitue o seu cão à trela

Se o seu cão já estiver habituado ao uso da trela, será mais simples garantir que se sentirá seguro e confiante quando forem passear na rua. Por isso, comece a adaptação desde cedo e em casa.

Primeiro, garanta que ele se sente confortável com o acessório onde vai prender a trela. Faça-o de forma gradual, colocando a coleira ou o peitoral por curtos períodos de tempo, e vá aumentando a duração da sua utilização. Recompense-o pela boa aceitação – pode ser com comida, mimo, o brinquedo favorito ou expressões de alegria e incentivo.

Depois, coloque-lhe a trela ainda em casa, para que ele também se vá habituando a ela. E comece a passeá-lo aí, onde conseguir – no corredor, entre divisões, num pátio ou terraço, ou mesmo no seu próprio jardim, se for esse o caso. Mais uma vez, recorra a passeios curtos iniciais e vá prolongando o tempo de exercício, continuando a recompensar o bom comportamento.

O mais importante é que ele associe a utilização destes acessórios a uma experiência positiva, e que se sinta cada vez mais tranquilo e confortável com eles.

4. Pratique os passeios à trela na rua

Quando sentir o seu cão bem adaptado à trela e coleira ou peitoral, nos percursos dentro de casa, aventure-se com ele pelo mundo lá fora. Mas contenha os impulsos mais fortes e não vá muito longe, pelo menos, logo no início.

Comece por passeá-lo em locais perto de casa, que sejam sossegados e tenham piso limpo e regular, e por intervalos de tempo mais curtos.

Por melhor que tenha sido a preparação, lembre-se que foi feita em ambiente controlado. E na rua, existirão muitos estímulos que o podem entusiasmar, distrair ou até mesmo assustar.

Por isso, os primeiros passeios servirão para se familiarizar com todos eles, desde outros animais e pessoas, novos odores e ruídos, diferentes tipos de terreno (relva, terra, areia, calçada, …) e muito mais. Não tenha pressa! Dê-lhe tempo para que se vá adaptando a tudo, no seu próprio ritmo, não esquecendo de o recompensar sempre que o comportamento for o desejado.

À medida que o for sentindo mais seguro e confiante, e mais confortável perante os novos elementos no exterior, vá aumentando o tempo de passeio e variando os locais e a proximidade a casa.

5. Deixe o seu cão farejar

Os cães experimentam o mundo através do faro. Por isso, é natural que tenham interesse em farejar tudo o que os rodeia.

Se limitarmos essa exploração, estamos a impedi-los de absorver o ambiente à sua volta e a diminuir o enriquecimento mental que o passeio deveria proporcionar.

Por isso, enquanto os primeiros passeios à trela, na rua, deverão ser mais controlados em tempo e distância, devido à adaptação inicial, assim que esta for ultrapassada, não há motivo para os conter.

Opte por percursos tranquilos e reserve tempo para o seu cão farejar, à vontade e em segurança. Estará a contribuir para uma experiência mais benéfica, evitando que ele se sinta frustrado e ansioso.

E sempre que possível, varie o local do passeio, dando preferência a zonas com bastantes árvores e cheiros novos para ele explorar!

6. Esteja preparado para as reações do seu cão

Os estímulos serão inevitáveis e, na sua grande maioria, muito bem-vindos! São eles que irão enriquecer os passeios e torná-los memoráveis. Mas no início, podem constituir uma fonte de reações mais extremas pelo seu cão, por isso, deve saber controlá-las desde cedo.

A aproximação de outros animais ou pessoas, ruídos desconhecidos, presença de objetos variados e outras movimentações repentinas, podem levá-lo a puxar a trela, a querer correr atrás de algo ou a ladrar de forma insistente e ruidosa.

Qualquer que seja a situação, mantenha-se calmo, seja coerente nas suas ações e tente passar mensagens assertivas. Por exemplo, se ele começar a puxar noutra direção, permaneça quieto até que ele volte para si. E se ele quiser ir atrás de algo enquanto passeia, seja proativo. Tente redirecionar a atenção dele, através da sua postura e voz, ou com um brinquedo ou guloseima. O mesmo se aplica nas situações em que ele comece a ladrar. Desvie a atenção dele para si, e mantenha-o focado.

Com o passar do tempo, os desafios serão gradualmente reduzidos, assim como as recompensas. Mas é boa ideia que as continue a ter à mão, para que possa reforçar, sempre que necessário, o bom comportamento nos passeios à trela. E claro, nunca esquecer a boa etiqueta nos passeios – esteja sempre preparado com sacos higiénicos para o seu cão!

7. Divirtam-se!

Passear o seu cão à trela deve ser uma experiência positiva para ambos, que contribuirá em muito para reforçar os laços da relação, com aventuras e memórias fantásticas.

Por isso, não tenha pressa. Relaxe e aproveite ao máximo, deixando-o evoluir no seu próprio tempo. Com carinho, dedicação e paciência, o seu cão será mesmo um fiel companheiro de grandes momentos.

Bons passeios!

Se quiser recordar passeios inesquecíveis ou registar a data de algo que aconteceu durante um passeio, pode usar a função “foto/nota” na aplicação Petable. Petable permite-lhe manter todos os eventos importantes da vida do seu animal de estimação organizados numa linha temporal simples. E é gratuito, para iOS e Android:

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