7 Mitos e factos sobre gatos: conheça toda a verdade!

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Os gatos são animais dotados de capacidades extraordinárias, que fascinam quem os adora, mas que causam desconfiança e cepticismo em quem os receia.

Por isso, não é de estranhar que, ainda hoje, sejam protagonistas de histórias tão surpreendentes quanto surreais, que muito provavelmente contribuem para uma incompreensão geral e a continuidade de alguns mitos.

Mas já é tempo de os esclarecer! Por isso, vamos ajudá-lo a conhecer a verdade sobre 7 mitos, para que estes felinos domésticos possam ser melhor compreendidos e respeitados!

Mito 1. Os gatos transmitem asma …

A asma é uma doença inflamatória dos brônquios, crónica, que surge geralmente por reação alérgica a estímulos, mas nunca por transmissão direta ou contágio de algum agente infeccioso.

E a alergia que algumas pessoas desenvolvem na presença de felinos não é propriamente ao seu pelo, mas antes a um alérgeno eliminado através da sua saliva, designado por Fel D 1.

Trata-se de uma proteína produzida nas glândulas salivares dos gatos e que passa para a sua pelagem quando se lavam. Só depois é disseminada no meio ambiente, através dos pelos e da descamação natural da sua pele.

Todos os gatos a produzem, independentemente da raça, cor e tamanho do pelo, mas hoje em dia, já é possível neutralizá-la em total segurança, através de alimentação específica dada ao animal.

Para além disso, o convívio frequente e a exposição contínua ao alérgeno podem ajudar, nalguns casos, a reduzir a intensidade dos sintomas. Assim, alguém sensível pode deixar de o ser, a um gato em específico ou até a vários, podendo continuar a apreciar a companhia destes felinos!

Mito 2. Os gatos caem sempre de pé …

Este mito é verídico na maioria dos casos, mas não deve ser assumido como uma verdade absoluta. Os gatos caem quase sempre de pé!

De facto, eles têm uma capacidade para se posicionarem de forma correta, para amortecer as quedas. Isto acontece apenas em alturas superiores a cerca de 60cm, e desde que não haja obstáculos nessa descida, como estendais, por exemplo, nas quais possam embater ou ficar presos, causando desorientação e impossibilitando o adequado posicionamento.

Para alturas inferiores, podem não ter tempo suficiente para fazer essa rotação e, no caso, de quedas de grandes alturas, apesar de haver tempo de sobra, o embate pode ser tão violento que cause fraturas ou danos graves em órgãos internos e, nalguns casos, até mesmo a morte do animal.

Por isso, especialmente se vive em andares altos, previna complicações ou desgostos futuros e mantenha as janelas de casa fechadas ou devidamente protegidas com redes de segurança, para que o seu gato esteja sempre seguro.

Mito 3. Os gatos são prejudiciais para as grávidas …

Os gatos são os hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii, o parasita responsável pela Toxoplasmose. Esta doença pode afetar humanos e, em mulheres grávidas, pode ter sérias consequências, incluindo mal formações no feto e até aborto, razão pela qual existe algum alarmismo sobre esta possível via de transmissão.

Mas os gatos, apesar de fazerem parte do ciclo de vida deste parasita, não são os únicos a transmitir a doença e, na grande maioria dos casos, não são os responsáveis pelo desenvolvimento da mesma.

Como têm o hábito de caçar e comer carne crua (principalmente os que têm acesso ao exterior), os gatos podem infetar-se mais facilmente, passando a eliminar o parasita nas suas fezes. E é através do contacto direto com estas fezes contaminadas, que as pessoas podem ficar infetadas, se levarem as mãos à boca ou aos olhos, acidentalmente, sem prévia lavagem ou desinfeção.

Mas os gatos de apartamento, que se alimentam exclusivamente de comida processada, apresentam um risco praticamente nulo. E para além disso, se tiverem os cuidados médicos profiláticos sempre atualizados, e os seus tutores forem cuidadosos com as normais medidas de higiene, esta transmissão será quase impossível.

Por isso, é que os casos de Toxoplasmose em humanos, na sua grande maioria, estão associados à ingestão de alimentos mal lavados ou processados, ou água contaminada. Também podem surgir por manipulação de carne crua ou terra contaminada, sem higienização de utensílios e das mãos.

Infelizmente, devido ao desconhecimento geral e ao pânico instalado, inclusive por profissionais de saúde que acompanham as mulheres grávidas, é fácil perceber porque muitos gatos são afastados temporária ou definitivamente das suas casas.

Mas com os devidos cuidados, não há quem deva prescindir da companhia do seu felino favorito, nem mesmo as mulheres grávidas!

Mito 4. Os gatos ronronam porque estão felizes …

O ronronar dos gatos ainda não é completamente claro, mas já existem considerações sobre os principais motivos para o fazerem, e a felicidade não se aplica a todas elas!

O ronronar é a primeira forma de comunicação entre a mãe gata e as suas crias recém-nascidas, mas também é utilizado para a procura de alimento, em pedidos de ajuda, em processos de cura ou recuperação, em situações de doença grave, dor ou stresse intenso, e também, de facto, quando estão felizes.

Embora possa não ter a certeza sobre o que o seu gato lhe está a tentar dizer ao ronronar, o mais importante é prestar-lhe atenção. Procure compreender em que contexto o faz, a linguagem corporal que apresenta, o tom que utiliza e veja as respostas dele às suas reações. Com o tempo, garantimos que este reconhecimento será cada vez mais fácil.

Mito 5. Os gatos são perigosos porque arranham …

Os gatos possuem unhas afiadas, indispensáveis para a sua vida no exterior, particularmente úteis quando têm de trepar ou defender-se de inimigos e outras ameaças.

Por serem retráteis, ficam escondidas a maior parte do tempo, e apenas são expostas quando os gatos necessitam e assim o entendem. Aprendem a utilizá-las durante a infância, em brincadeiras com os irmãos ou a própria mãe, para que as saibam controlar no futuro, dependendo da situação.

Mas hoje em dia, este convívio familiar é cada vez mais curto (ou até inexistente), seja em gatinhos nascidos na rua, por estarem sujeitos a todo o tipo de adversidades, mas também em gatinhos provenientes de criadores, muitas vezes retirados demasiado cedo das suas famílias felinas.

E sem a aprendizagem natural, ou o devido acompanhamento por parte das suas inexperientes famílias humanas, torna-se mais difícil controlar as suas garras afiadas. Por isso, é comum que, quando assustado ou indevidamente manipulado, ao tentar libertar-se ou fugir, e sem qualquer intenção, possam então surgir arranhadelas, que vão acabar por ferir a nossa pele, demasiado frágil para elas.

Com tempo e cuidado, os novos tutores podem facilmente aprender a conhecer a natureza, linguagem e comportamento do felino recém chegado, para que saibam evitar arranhões indesejados. O mais importante, é que evitem usar diretamente as mãos nas brincadeiras com ele, dando preferência aos brinquedos disponíveis para esse efeito, para que ninguém saia magoado.

Mito 6. Os gatos não podem ser treinados …

Os gatos, pelas suas particularidades e comportamento, podem trazer desafios adicionais para quem os queira treinar, mas nunca impossíveis. Por isso, à semelhança de outros animais, tudo está dependente da motivação.

E a motivação certa é a chave para o sucesso de qualquer treino, inclusive o felino.

Muitos são os gatos exclusivos de interior, que vivem apenas dentro de quatro paredes, pelo que o bom treino pode ser fundamental para atender às suas necessidades básicas, ao permitir a manutenção de um ambiente estimulante.

Assim, desde que as sessões sejam curtas e interessantes, para que não fiquem desmotivados, os treinos mantêm-nos cognitivamente ativos, além de ajudarem também a estreitar os laços afetivos entre tutores e felinos.

Não desista se não vir logo resultados. Aposte nos reforços positivos através de carícias, brinquedos ou apetitosos snacks – o que o seu gato preferir, e mantenha o ânimo e a regularidade das sessões de treino!

Mito 7. Os gatos não gostam de carinho …

Quem já teve o privilégio de partilhar a vida com um gato, sabe como esta afirmação não podia estar mais longe da verdade.

Os gatos são animais muito especiais no comportamento e, à primeira vista, podem não parecer ter manifestações tão exuberantes pela aproximação dos tutores, como os cães, por exemplo. Mas quando corretamente socializados, e se bem respeitados no seu ambiente e na sua individualidade, podem criar laços tão ou mais afetuosos que outros animais e, por vezes, ficar até completamente dependentes da presença física da sua família humana.

Normalmente, os gatos preferem o toque e as carícias nas regiões onde as suas glândulas faciais estão localizadas, como a base das orelhas, o queixo e em redor das bochechas, em vez de áreas como a barriga, costas e cauda. Mas o ideal é respeitar sempre a vontade do seu gato e dar-lhe o controlo, deixando-o decidir se, quando e por quanto tempo quer ser acariciado!

Os gatos são animais de uma sensibilidade e inteligência extraordinárias, merecedores do nosso respeito, e não devem ser julgados por falta de conhecimento ou experiência.

E não são raras as situações em que, somente depois de termos sido tutores de um gato, conseguimos reconhecer-lhes o devido valor e compreender verdadeiramente a sua natureza.

Por isso, não se deixe influenciar por mitos sem fundamento e ultrapasse qualquer ideia menos positiva que pudesse ter sobre estes felinos domésticos. Quando adotar um gato e o sentir feliz junto de si, vai perceber porque este animal nos consegue arrebatar o coração!

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