Como decidi esterilizar a minha gata, “Miauly Cyrus” (parte 1)

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O fim-de-semana passado, eu estava a ler notícias no meu mural e encontrei um artigo que dizia que a “Miauly Cyrus” – sim, é mesmo o nome dela – podia vir a ter tumores ou infecções no futuro, se eu não a esterilizasse. Já a tenho há algum tempo, mas não tinha bem a certeza do que tinha a fazer ou de como fazê-lo. Tinha tantas questões na minha cabeça. Acabada de mudar de cidade, ainda nem sequer conhecia os veterinários locais. Por isso perguntei ao meu vizinho, que tem 2 cães, se ele sabia indicar-me alguém aqui perto. Ele sabia.

Quando lhe disse que a Miauly ainda era… bem, vocês sabem… ele ficou completamente chocado “A sério? Tu sabes o que pode acontecer se ela escapar por uma porta ou janela que fique aberta, não sabes? Não queres mesmo ficar com uma ninhada de gatinhos inesperada nas mãos, pois não? Por muito querido que te possa parecer, a irresponsabilidade disso é imensa. Vai, o Dr. Gastão (não é mesmo o nome dele) vai dar-te bons conselhos!”. Por isso liguei-lhe.

Ele fez-me uma série de perguntas, incluindo se a Miauly andava a urinar fora do caixote ou não. Por acaso andava, sobretudo desde que fizemos a mudança, mas eu até achei que ela andava desorientada por ter mudado de casa e de pontos de referência e já me tinha habituado a ter que limpar o que ela (volta e meia) sujava. Ele riu-se “Minha querida, é melhor marcar uma consulta e vir cá fazer uma visita. Ah, e não se esqueça de trazer a gatinha.” Eu consegui sentir que ele estava a sorrir do outro lado da linha. Eu realmente não fazia ideia, pois não? Ele disse-me que a esterilização poria fim ao comportamento esquisito que ela tinha durante o cio. “A sério? Tenho que a levar agora mesmo” – pensei. Ela ainda só tinha passado por isso uma vez (acho eu) mas não sei se conseguia passar por outra noite de insónias com a Miauly a fazer barulho equivalente a um violino partido e toda estranha, a espetar a cauda na direcção de tudo e todos. Por isso, depois da nossa conversa muito esclarecedora e ligeiramente embaraçosa, eu marquei a consulta.

O doutor verificou-lhe a idade, o peso e o estado de saúde. Auscultou-a e viu a temperatura. Ela tinha as vacinas e as outras coisas em dia, salvo um ligeiro atraso na pipeta das pulgas e o doutor tirou-lhe um bocadinho de sangue para fazer análises antes da cirurgia e confirmar que estava tudo bem. Estava mesmo. As funcionárias da recepção falaram-me das despesas envolvidas na cirurgia e pós-cirúrgico. Eu sabia que era um pequeno investimento, mas era um evento único na vida dela que eu sabia (agora) a iria proteger de outros problemas de saúde mais tarde, para além de deixar de ter a preocupação das ninhadas não-programadas. Estava a tomar a decisão certa, para ela e para mim.

Esta é a parte 1 de uma série de 2 partes acerca da história de como decidi esterilizar a minha gata. Leia a segunda parte AQUI.

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